Pós Jogo - Saints 30x28 Texans: Tremedeira e gritaria


Em quantas maneiras diferentes um time pode vencer um jogo?

Todo mundo sempre espera algo emocionante do New Orleans Saints. Mas a partida desta segunda-feira (9) foi um teste para saber quem realmente aguenta a temporada de 2019. A última vez que o Saints começou a temporada vencendo foi em 2013 e o jogo contra o Houston Texans teve o último minuto maluco, diversas falhas defensivas, um bug mental de Drew Brees e a redenção do Wil Lutz. Tanta coisa para explicar...

Começaremos pelo fim. O kicker Wil Lutz, que tinha perdido um field goal de 53 jardas antes do intervalo da partida, precisava bater seu recorde de distância para dar a vitória ao Saints.

"Eu falei para ele no intervalo, 'você vai fazer o chute da vitória hoje'", disse o punter Thomas Morstead. "E vai ser um chute longo".

"É sobre isso que é o jogo, sobre voltar e seus companheiros de time te carregarem nas costas e fazer um chute como esse", disse Lutz. "Esse será o melhor momento para mim".

"Nós sentimos que algo assim iria acontecer", disse o quarterback Drew Brees. "Se você ouvisse a bola saindo do pé dele, foi um trovão. Todos nós sabíamos que entraria".

O field goal de 58 jardas deu ao Saints uma vitória que parecia improvável, virou realidade, escapou e foi recuperada. E a partida difícil teve alguns pontos especiais. Impossível não destacar o jogo impecável de Ryan Ramczyk contra um dos melhores defensive ends da liga: JJ Watt. Pela primeira vez na carreira, Watt não conseguiu sequer um tackle ou uma chegada no quarterback adversário. O plano funcionou.


"Ele fez um ótimo trabalho", disse o guard Larry Warford. "Ele não saiu do controle, não entrou em pânico ou algo assim. E sinto que a maior parte disso foi não entrar em pânico. Ele apenas voltou aos fundamentos".

O left tackle Terron Armstead concordou.

"Ele (Ramczyk) é o melhor right tackle na liga", disse Armstead. "Ele está trabalhando desde o primeiro dia de sua carreira para ter esse momento, esse jogo e foi recompensado".

"Estou feliz com minha atuação", comentou Ramczyk. "Eu assisti milhares de vídeos e então eu sabia o que viria. Mas você realmente não sabe o que está vindo até que você vai para o campo e o enfrenta. Ele é forte, um atleta extremamente físico, um ótimo jogador. Então foi bom enfrentá-lo".

"Eu não ouvi muito o nome do Watt", disse o técnico Sean Payton.

Outro ponto positivo do jogo foi a participação do DE Trey Hendrickson. Teoricamente reserva de Marcus Davenport, T-Hex conseguiu 2 sacks e 2 tackles para perda de jardas, se posicionando muito bem na disputa pela posição de titular na linha defensiva. E a diferença ficou ainda maior quando o titular tem uma partida apática e ruim.

Mas ruim mesmo foi a atuação geral da defesa no último drive do Texans. DUAS jogadas foram suficientes para o time adversário atravessar o campo e conseguir o touchdown que deveria ter sido da vitória. Uma atuação ruim o suficiente para nos lembrar das piores defesas da história.

"Sinto que tivemos várias jogadas que eram de swing", comentou Payton. "Nós não fomos muito espertos quanto estávamos na liderança. Nós cedemos uma big play do melhor recebedor deles (DeAndre Hopkins). Isso é um football ruim. Não podemos deixar isso acontecer. Nós fizemos muitas jogadas essa noite que tinha como meta eliminá-lo ou não deixar que ele te derrubasse. Nós tentamos. Essas coisas serão ajustadas com os jogadores e os treinadores".

E, novamente, o Saints se apoiou em Drew Brees para conseguir a virada. Com menos de 40 segundos no relógio e apenas um timeout, o time teve que ser rápido e precisou de muita inteligência e paciência para uma virada histórica.

"O primeiro desafio foi de ter 37 segundos e apenas um timeout", comentou Brees. "Nós queríamos salvar aquele timeout o máximo possível. Eu sempre estava procurando as disputas, porque eles estavam em jogadas mais conservadoras. Ouça, cada jogada defensiva era um pouco diferente. Normalmente, você vê nessas situações algo que você não viu durante todo o jogo e precisa ser rápido para reagir e fazer acontecer. Todos deveriam saber quais era suas disputas, suas oportunidades, exatamente como foi no primeiro passe para o Ted, o segundo para o Mike. Esses caras tinham disputas favoráveis e por isso tiveram a bola".

"Se você pega uma marcação homem a homem ou zona, isso muda o tipo de rota que vamos correr", falou Payton. "Todos nós sabíamos que era uma situação down por down, então não podíamos ter nenhuma jarda após a recepção. Precisava pegar a bola, cair e chamar um tempo. Contra marcação em zona, seriam outras rotas. Contra marcação homem, outro olhar. Drew teve um ótimo trabalho em ler qual tipo de marcação era".

E, apesar dos altos e baixos, tudo deu certo. Bem ou mal, o New Orleans Saints deu uma demonstração de força em todos os sentidos e mandou um recado para toda a NFL. Vão precisar de mais do que uma atuação inspirada para nos derrotar. E o Saints continua encontrando várias formas diferentes de vencer seus jogos.

Essa foi apenas a primeira semana. O melhor ainda está por vir.


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