NFL irá rever faltas de interferência; mérito de Sean Payton


O impacto quase devastador em New Orleans da falta não marcada na partida final da NFC acertou também o técnico Sean Payton durante suas férias nas ilhas Turks e Caicos. Mesmo no remoto território britânico, o maior erro de um árbitro na história da NFL estava no topo das discussões. Não importava para onde Payton virava, estranhos vinham falar com ele para dar apoio ao técnico.

"Toda vez era 'ouça, está tudo bem, os caras manipularam isso, vocês vão voltar'", disse Payton. "Daí você imagina quantas pessoas estavam assistindo seu jogo".

E foi por isso que Sean Payton estava tão convicto na terça-feira (26) durante a reunião dos donos de franquias da NFL. E eles aprovaram a mudança que pode prevenir que outros erros aconteçam com outros times no futuro. A partir da temporada de 2019, técnicos e o replay oficial podem desafiar faltas marcadas (ou não) de interferência no passe. A regra foi aprovada por 31 votos favoráveis e um contrário (Cincinnati Bengals). Outras faltas não poderão ser revistas.



"Nós precisávamos do primeiro passo", comentou o técnico do Saints, que liderou todas as chamadas por mudanças como um dos dois técnicos da comissão competitiva que participaram das propostas de mudanças de regras. "Foi uma mudança positiva. Claro, certas chamadas não serão abordadas. Mas ao menos nós começamos a olhar para frente. Penso que todos estavam agitados e chegamos com uma boa resposta".

A mudança tem uma série de motivos. A maior parte dos jornalistas que cobrem a NFL diziam que talvez fosse necessário mais um ano de pesquisas para uma mudança. A forma rápida que isso aconteceu é creditado principalmente para o trabalho de Sean Payton e alguns outros técnicos que fizeram um lobby durante horas na segunda-feira, abusando de persuasão e criatividade. O potencial por um voto positivo cresceu na terça-feira pela manhã, quando Payton e outros membros do subcomitê de técnicos e o comitê de competição trabalharam em novas propostas que abordavam casos mais impactantes, mas que permaneciam dentro dos protocolos de desafios e arbitragem.

"Eu não penso que isso vai impactar na forma que a gente assiste os jogos", disse Payton. "Existem duas outras chamadas que vamos trabalhar para acertar, e eu acredito que a sala (dos donos) ficou bem em relação a isso. Isso encaixa com o sistema que conhecemos e que os fãs conhecem".

Essa mudança foi uma vitória para Payton. Como um dos dois técnicos do comitê de competições, que serve como fiscais do livro de regras, Payton carregava as esperanças de todos em New Orleans e dos torcedores do Saints de todos os lugares. Para todos os efeitos, ele fez lobby, bajulou e implorou por mudanças no sistema. Todos elogiaram o esforço do treinador pelas mudanças.

"Foi um bom dia para o Saints", disse o presidente do Saints, Dennis Lauscha. "Sean merece muito crédito. Ele trouxe isso para casa".

Depois dos votos, o técnico do Pittsburgh Steelers, Mike Tomlin, deu os parabéns para Payton enquanto o treinador recebia o abraço da proprietária Gayle Benson no corredor fora da sala de reunião. "Honestamente, quando você está nesse comitê, você tenta tomar decisões que podem ajudar o esporte e não uma jogada que tenha acontecido", falou Payton. "Nós vamos para esses encontros com a ideia de melhorar o jogo. É uma responsabilidade que temos. Não podemos pegar coisas superficiais e isso é importante".

"Penso que ficamos com medo de não fazermos algumas coisas", diz o treinador. "Mas qual medo é maior do que ir para isso (a não marcação da falta no NFC Championship Game) novamente, ou trabalhar considerando as bandeiras que ficam no gramado. Passar por isso novamente seria muito perturbador. Você pode imaginar?".

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