Saints vai para o draft sem uma necessidade óbvia... o que pode ser bom

Normalmente é fácil projetar as necessidades de um time às vésperas de um draft, mas o New Orleans Saints não tem nenhuma necessidade óbvia conforme a hora se aproxima.

Quando questionado sobre as grandes necessidades do time, o técnico Sean Payton (em 23 de Abril) disse o seguinte: “Estamos sempre procurando por peças para a rotação da linha ofensiva. O special teams sempre é um bom começo para entrar no time, talvez um linebacker que possa ajudar nessa unidade. Esperamos ter a visão correta para qualquer posição. Olha, vamos ver quem nos dá a habilidade de sub-rush, seja de end ou tackle defensivos. Ontem a noite mesmo ouvi Zach (Strief) falando no rádio sobre um cara com potencial no lado ofensivo do jogo. Teremos alguns caras competindo nessa posição, vemos tentar olhar para os caras que sentimos serem certos e deixar acontecer”.

Há alguns indícios nessa resposta que podem prever os desejos do time nesse draft, que começa hoje e vai até sábado, mas Payton não falou de nenhuma necessidade com tanta convicção como no ano passado, quando disse “jogador de pressão” como a maior necessidade, dias antes daquele draft onde o time acabou por selecionar Marcus Davenport na primeira escolha.

Jogadores para a rotação das linhas ofensiva e defensiva são sempre uma necessidade para os times na NFL, mas falar sobre um linebacker que possa auxiliar o time de especialistas é realmente um indicativo de quão bom é o elenco do Saints no momento.

Sendo realista, a primeira escolha do Saints (escolha número 62, na segunda rodada apenas) não deverá estar entre os jogadores titulares no início da temporada, independente da posição. E as escolhas restantes – uma na quinta, duas na sexta e duas na sétima rodadas – terão dificuldade para se manter no elenco ao menos que possam contribuir com o time de especialistas.

Entre os torcedores, a posição mais desejada é de wide receiver e considerando que os atletas da posição que jogaram ao lado de Michael Thomas na temporada passada tiveram produção discreta, deve ser difícil para um calouro causar um impacto imediato. Cameron Meredith deve estar saudável, Ted Ginn Jr. ainda é um jogador rápido e finalmente espera-se que Tre’quan Smith, Keith Kirkwood e Austin Carr produzam mais do que produziram em 2018.

Soma-se a isso o fato de o time ter contratado o tight end Jared Cook, que deve ser acionado mais do que qualquer jogador da posição foi na temporada passada, formando então o grande trio da equipe junto a Thomas e Alvin Kamara, deixando então poucos passes para os demais recebedores.

Outra posição que os torcedores esperavam ver alguma movimentação do Saints na free agency foi a de safety, mas o time renovou com Chris Banjo. Os titulares seguem sendo Marcus Williams e Vonn Bell. Banjo mostrou que pode ser um bom reserva e tem tido boas atuações no time de especialistas, além disso, a comissão técnica gosta do potencial de J.T. Gray no time de especialistas também.

Poderíamos falar aqui de todas as posições, mas o fato é que o Saints tem se saído bem nos últimos anos quando o assunto é formação de elenco e preenchimento de posições carentes do time, o que torna o draft deste ano praticamente impossível de se projetar. Durante anos o time precisou de um defensive end ou de um cornerback, mas nem sempre escolheram jogadores para essas posições em escolhas altas, mantendo-se fiéis ao draft board (exceção feita a Marshon Lattimore e Marcus Davenport, primeiras escolhas do time dos drafts de 2017 e 2018).

Esse ano deve ser ainda mais fácil para o Saints seguir o que foi planejado para as escolhas, pois o time não precisa preencher nenhuma grande lacuna no elenco, embora precise de mais jogadores talentosos na rotação. Além disso, mesmo que uma posição possa não parecer necessidade hoje, provavelmente será nos próximos três anos, justificativa plausível para uma escolha em praticamente qualquer posição.

“Temos uma lista que queremos realizar durante a offseason, e penso que fizemos a maior parte dela”, disse o gerente geral da equipe Mickey Loomis. “Vamos para esse draft e é um pouco diferente quando não se tem a escolha de primeira rodada. Escolheremos a 62, então é muito mais difícil prever quem estará disponível para você. Mas de uma forma geral eu gosto da posição em que estamos”.

Fonte: nola.com

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