Pós Jogo - Saints 45x35 Rams: Olha o trem do hype aí gente!


PIUÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍÍ

Eu to no hype, animado, confiante, contente, feliz, empolgado, encantado, entusiasmado, afogueado, alvoroçado, motivado, louco... Tudo que pode descrever esse sentimento absurdo de ter enfrentado o melhor (cof cof, segundo melhor) time da NFL e feito uma partida tão espetacular como a de domingo.

O Saints, amigos, demonstrou força. O ataque beirou a perfeição, a defesa respondeu quando foi chamada e o Special Team foi muito bem também. Enfim, esse jogo poderia ser emoldurado e colocado na sala.

É lógico que todos estavam tensos antes do jogo. Era a prova de fogo do New Orleans Saints. Mesmo embalado com 6 vitórias seguidas, a sensação era de que nosso time apresentava mais sorte do que juízo. Do outro lado, o Los Angeles Rams chegava em New Orleans com um time praticamente perfeito, sem nenhuma grande fraqueza aparente e invicto. E aí está o grande mérito do Saints: Fizemos o Rams pagar por cada mínima deficiência do time. E onde eles não tinham problemas, criamos.


"Penso que cada semana mostra um jogo diferente e hoje certamente foi mais diferente ainda", disse o técnico Sean Payton. "Mas existe um nível de confiança sobre jogar partidas próximas. Eles entenderam que a maior parte dos jogos que vamos jogar são partidas que serão decididas nas últimas posses. Parte disso é experiência. Você ganha confiança se você tem experiências de sucesso. Nós estivemos nessas situações por diferente vezes durante o ano".

E partidas próximas como essas dizem muito sobre momento. Ter o momento do jogo é extremamente importante para que alguma vantagem seja criada. E esse momento muda muito rápido. No intervalo do jogo, o momento era inteiro do Saints. No fim do 3º quarto, ele já era do Rams. E é nessas horas que grandes jogadores aparecem.

O ataque do Saints estava em uma partida espetacular e demonstrando todas as diversas armas que tem para superar o adversário. Mas na hora da decisão, dois jogadores eram sempre acionados: Alvin Kamara e Michael Thomas. E foi olhando para os dois que o Saints conseguiu um touchdown de 72 jardas no último quarto, que trouxe o momento de volta.


"Nós pegamos ele em uma jogada em que dobraram a marcação no Alvin Kamara e Mike conseguiu se liberar", analisou Sean Payton. "Michael Thomas estava espetacular hoje. Eu não fiquei muito irritado com a falta. Nós vamos entender e lidar com isso. Mas Michael teve um ótimo jogo".


"Meu número foi chamado", disse Michael Thomas. "A jogada se apresentou. Eu fiz a jogada pelo meu time. Eu vivo para esses tipos de momento. É uma benção. Eu agradeço a Deus por me colocar no final dessa jogada e poder ajudar meu time a levar a partida".

Thomas, alias, ARREBENTOU com o CB Marcus Peters. Alvo de troca com o KC Chiefs (Rams pagou uma escolha de 2º round de 2019 e uma de 4º em 2018), Peters não encontrou o recebedor em campo, tanto que Thomas terminou a partida com 12 recepções para 211 jardas e um touchdown.

"Bom, ouça, ele (Peters) é um um jogador top", comentou Drew Brees. "Ele é um dos melhores corners. Dependendo do time, eles vão para o jogo dizendo 'Ok, quais são os duelos? Onde teremos problemas de matchups?' Várias vezes nos vídeos vimos eles dizendo ao Peters 'Você vai pegar o melhor cara, vai cuidar dele, e nós vamos nos preocupar com o resto'. Isso foi basicamente o que aconteceu naquela jogada (3ª descida) quando todo mundo estava tentando encaixar e dizendo 'Vai lá, Peters, você pega o Mike T'".

O ataque inteiro foi absolutamente maravilhoso. Brees lançou a bola para 7 recebedores diferentes (25/36 346yds 4TDs), o jogo corrido entrou com Kamara (19 corridas para 82 jardas, 2TDs) e Ingram (9 corridas, 33 jardas) e a linha ofensiva foi praticamente perfeita novamente. Algumas falhas aconteceram, mas isso é normal quando você joga contra uma das melhores defesas da liga. Foram vários esquemas de bloqueios, principalmente para parar os DT espetaculares Aaron Donald e Ndamukong Suh. Em grande parte funcionou, já que ambos combinaram para apenas três tackles e não conseguiram nenhum sack. O Saints tem hoje, sem dúvidas, a melhor linha ofensiva da liga.

Mas é do outro lado do campo que vem a grande surpresa. Na hora que a situação começava a ficar ruim, que o Rams colou no placar e tinha a bola para virar o jogo, a defesa apareceu. Alias, 2018 vem mostrando uma defesa com diversos problemas, mas que responde quando precisa responder.

"Eles tem um ataque super-poderoso", disse DE Cam Jordan. "Nós estávamos tentando parar Todd Gurley. Eu não sei como ele terminou, mas sinto que fizemos um bom trabalho contra as corridas. Acho que ele conseguiu quatro grandes carregadas, e isso é algo que nós precisamos melhorar".

De fato, Gurley era a principal preocupação de todos. O candidato a MVP (Melhor jogador da temporada) lidera a liga na combinação de jardas corridas e recebidas. Ele começou arrebentando no primeiro drive com uma corrida de 14 jardas e um touchdown de 8 jardas. Ele ainda teve uma corrida de 24 jardas em uma 2ª para 16. Nas outras 10 corridas, ele conseguiu apenas cerca de 2 jardas. As 79 jardas partindo da linha de scrimmage (corridas + passes laterais) foi o menor número da temporada do Rams.

Há quem diga, inclusive, que essa partida coloca a defesa do Saints como a melhor da liga contra o jogo corrido.

"Eles iam ter as boas jogadas", disse o DE Alex Okafor. "A chave é não deixar isso te afetar. Não deixar essas quatro ou cinco grandes jogadas te fazer desistir do jogo corrido. Depois dessas corridas, nos sentimos muito mal, mas no fim do jogo nós continuamos batendo, batendo e batendo".

O Rams falhou em conseguir uma primeira descida nas ultimas duas posses de bola. Foi o lado positivo de uma defesa que cedeu 21 pontos consecutivos para o Rams, colocando a equipe de volta ao jogo. E o grande responsável por isso (pasmem) foi PJ Williams.

Williams foi tão bem no fim do jogo que merece um paragrafo apenas para ele. Primeiro, ele conseguiu um tackle extremamente importante no WR Cooper Kupp perto da sideline em campo aberto em uma terceira descida. Na posse seguinte, ele quebrou um passe no terceiro down e outro no quarto. Por algumas vezes ele falhou, cedeu jardas, mas como toda a defesa do Saints, quando precisamos, o PJ estava ali.

Falando em responder quando solicitada, ainda no primeiro tempo a defesa deu algumas respostas importantes. A primeira interceptação da carreira do LB Alex Anzalone foi uma das jogadas que deram todo o momento para o Saints e reforçam a ideia de que a defesa está em um processo importante de melhora.

"Essas jogadas trouxeram o jogo a nosso favor", disse Cam Jordan. "Nós falávamos sobre a habilidade da nossa defesa em conseguir esses turnovers. É nossa ênfase toda semana. Nós cedemos algumas big plays que nós gostaríamos de ter de volta, mas nós temos outra semana para fazer essas correções. Nós temos outra semana para tentar ter um jogo perfeito. Mas nesse jogo nós tivemos um turnover e fizemos algumas paradas importantes".

"Você constantemente trabalha sobre as fotos das últimas séries", disse Sean Payton. "Nós sabíamos que íamos usar mais pressão com 5 jogadores, mais marcações homem-a-homem. Você olha para diferentes possibilidades e quais são as melhores jogadas para usar quando você vê uma formação de corrida. Pega os melhores momentos e cruza eles tentando ajustar tudo durante o intervalo do jogo. Você não sabe como o jogo vai terminar. Defensivamente, fizemos algumas paradas durante o segundo tempo e tentávamos ajustar tudo após cada série. Como se estivesse 0x0. Pode parecer um tanto quanto cliché, mas sabíamos que seria um jogo muito difícil. Eu sinto como se estivéssemos sendo testado em batalha e isso nos serviu bem".

Outro ponto que vários jogadores destacaram foi o clima no estádio. Por vezes a torcida fez um barulho gigantesco que atrapalhou o Los Angeles Rams, mas que não agradou muito o técnico Sean Payton, que por várias vezes já destacou que o barulho do torcedor faz a diferença nos jogos.


"Foi bom", disse o realista Sean Payton. "Pra ser honesto, já ouvi a torcida fazendo barulhos mais altos e melhores, mas foi bom. Nós temos uma ótima base de fans. É um fator significante aqui. Não são todos os times que tem isso".

Mas seja com muito ou só um barulho bom, com uma defesa que cede muitas jardas mas aparece quando necessário, com um ataque que tem múltiplas formas de castigar uma defesa... O fato é que somos, hoje, o melhor time da liga. Os power rankings não vão mostrar isso porque o hype e a mídia ao redor de Tom Brady e o New England Patriots é gigantesco. Mas nenhum time na liga demonstrou uma força tão grande como o Saints vem mostrando nessa série de jogos complicadíssimos e que ganhou mais um capítulo ao praticamente dominar o time considerado o melhor da NFL até aquele momento.

Isso, meus amigos, se chama HYPE. Estamos eufóricos, com razão de estar. Aproveitem o momento. Essa temporada será inesquecível.



WHO DAT!

Comentários

YCamargo disse…
Saintão foi cirúrgico, a entrega do time foi insana, estas 3 ultimas vitórias são motivadoras para time e torcedores!
Um ponto importantíssimo que pra mim tem sido chave nessa campanha do Saints é a de que não temos lesões importantes, como na temporada passada, tá lindo de ver esse time!!

Piuiiiiiiiiiiii olha o trem do hype chegando, vem que tem janelinha pra todo mundo!!!
Lucas disse…
Saints ganhou o jogo na conversão de 1ª descida que o Deus Brees ganhou com as pernas... ali ele mostrou que tá com muita vontade e acreditando neste ano!!!

Geaux Saints!
Anônimo disse…
Só sei de uma coisa, se a secundária melhorar e jogar metade do que é capaz, não tem nenhum time capaz de barrar os Saints até o SB. Geaux Saints!!!

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