Conhecendo nosso adversário: Washington Redskins


Não tem como falar do jogo desta semana sem lembrar a brilhante partida entre essas duas equipes no ano passado.

Pra quem não viu e/ou não lembra (se é que tem como não lembrar) foi uma partida memorável onde o Saints conseguiu uma virada histórica na prorrogação por 34x31, após estar perdendo por 31x16 faltando 5 minutos para o fim do último quarto. Aconselho a todos que pelo menos vejam os melhores momentos dessa partida como um esquenta para o jogo de segunda.


Mesmo não tendo uma equipe muito badalada esse ano, o Washington Redskins tem ótimas armas dos dois lados da bola e tem tudo para dar muito trabalho mais uma vez para o Saints em New Orleans, ainda mais vindos de uma folga na semana 4(Bye Week).

Nos 3 primeiros jogos, a equipe de Washington mostrou muito talento, porém em uma dessas partidas, o ataque de Alex Smith não funcionou. A equipe está 2-1 na temporada, na semana 1 o time venceu o Arizona Cardinals fora de casa por 24x6, já na semana 2 eles acabaram perdendo por um apagão do ataque, foram derrotados por 21x9 para o Colts em Washington, e na semana 3 a equipe jogou muito bem e ganhou do Green Bay Packers em casa por 31x17. Vamos para uma análise mais detalhada dessa equipe.

Ataque:

Acredite, o ataque do Redskins é muito seguro e equilibrado, liderado pelo QB Alex Smith, que talvez seja o melhor QB cuidando da bola na liga nos últimos anos por sofrer poucas interceptações. O jogo aéreo não é uma arma fortíssima do time, mas é bem confiável. Na vitória contra o Packers, o QB lançou apenas 20 passes, completando 12, somando 220 jardas, 2 TDs e 1 interceptação. Isso ocorre, pois o jogo de Alex Smith é baseado muito em passes para tight ends e running backs, não forçando tantos passes e avançando a passos curtos, porém é algo que quase sempre deu certo em sua carreira.

Pelo chão, a maior arma de Washington correndo com a bola é um velho conhecido. Adrian Peterson, um RB consagrado, com um passado muito vitorioso, mas que chegou em WAS desacreditado após passagens ruins em seus últimos times. Entretanto, ele vem de ótimas atuações nas semanas 1 e 3. Ele liderou o time para a vitória no último jogo com 19 carregadas para 120 jardas e 2 TDs. Outro jogador que o ajuda no backfield é Chris Thompson, mas para falar melhor dele é bom partimos para o jogo aéreo.

Os principais alvos de Alex Smith, por incrível que pareça, não são seus recebedores (WR) em si. O QB AMA lançar a bola para Chris Thompson, o RB tem seu jogo praticamente baseado em receber passes curtos e colecionar um caminhão de jardas após a recepção, tendo na semana 2 uma partida com 13 recepções para 92 jardas, e na semana 1 teve 6 recepções para 63 jardas e um TD. Além de Chris Thompson, os 2 outros alvos mais acionados por Alex Smith são os TEs Jordan Reed e Vernon Davis, alvos experientes e confiáveis que são muito usados no jogo aéreo da equipe. A equipe ainda tem bons WRs, Jaminson Crowder, Josh Doctson e Paul Richardson, porém nenhum deles se destacou e mostrou a que veio na temporada.

Resumindo: Ataque muito equilibrado (com foco no jogo terrestre), uma boa linha ofensiva, ótimos RBs, um bom e seguro QB, não muitos alvos no jogo aéreo e tiveram um apagão na semana 2 (9 tackles para perda de jardas). Por ser mais focado no jogo terrestre, o esquema de nossa defesa pode encaixar e ter alguma facilidade neste jogo.


Defesa:

Essa é uma ótima defesa contra o jogo terrestre, então espere que Brees lance muito a bola na próxima segunda e provavelmente quebre o recorde de jardas passadas na liga.

O front-seven (linha defensiva e LBs) contêm ótimos nomes, dentre eles Mason Foster, Zach Brown, Preston Smith (7 tackles no último jogo), Ryan Kerrygan que há um bom tempo é um dos melhores DEs da liga e o DE novato Jonathan Allen que teve 2 tackles para perda de jardas e 2 sacks na última partida. Ou seja, o nosso jogo terrestre deve ter dificuldades, mesmo com a volta de Mark Ingram.

Já o jogo aéreo deve ser a fórmula do sucesso, apesar de ter bons nomes e ser até decente, essa secundária está longe de ser uma das melhores da liga. Contendo nomes como Josh Norman, Quinton Dunbar (6 tackles no último jogo), D.J. Swearinger e Monthe Nicholson (8 tackles na semana 3), esses bons jogadores não estão na melhor fase de suas respectivas carreiras, sendo talvez o ponto mais fraco da defesa. Repetindo, não é ruim, é decente, mas comparado ao belo front-seven, com certeza a secundária é bem mais fraca.

Resumindo: Ótima defesa contra a corrida, cede poucas jardas terrestres, mas peca um pouco contra o jogo aéreo, é consistente nesse esquema e não cede muitos pontos (média de 15 pontos cedidos por jogo).


Podemos esperar mais um jogo difícil para o Saints, assim como todo o restante da temporada. Mas o clima é favorável para nós. Com 3 vitórias seguidas, vamos enfrentar em casa uma equipe na qual o jogo até que encaixa com o nosso, no horário nobre (21h15/BRT com transmissão da ESPN) e com toda a expectativa de Brees quebrar o recorde e se tornar o líder na história da liga em jardas aéreas. Não espere um jogo fácil, mas somos favoritos e temos totais condições de sair com a vitória.

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