Mesmo sem saber do futuro, Teddy Bridgewater está entusiasmado com o Saints

Teddy Bridgewater (esq) e Drew Brees observam telão durante partida da
pré-temporada contra o Los Angeles Rams (Chris Graythen/Getty Images)

Nem o New Orleans Saints, nem o quarterback Teddy Bridgewater. Ninguém sabe o que vai acontecer após 2018. Talvez Bridgewater continue no time, aceite sentar no banco e aguardar a aposentadoria de Drew Brees. Ou talvez ele assine com algum time que dê chance imediata para ele ser o que era no Minnesota Vikings em 2014 e 2015. Mas o fato é que enquanto essas decisões não são tomadas, Bridgewater está feliz pela oportunidade de estar em um dos melhores ataques da liga.

A troca (escolha de 3ª rodada) pelo quarterback trouxe surpresa e uma opção segura para o cargo de reserva do Brees. O Saints estava avaliando Taysom Hill e Tom Savage para o cargo, mas nenhum deles brilhavam a ponto de trazer segurança. Bridgewater trouxe.

"Eu estou muito feliz porque sei que aqui existe outra oportunidade para mim" disse Teddy Bridgwater após deixar o ultimo jogo da pré-temporada do Saints. "Eu venho buscando oportunidades desde que estive apto para voltar ao campo e essa é uma chance para continuar crescendo como homem e como jogador".

A carreira de Bridgewater foi atrasada por conta de uma gravíssima lesão no joelho em Agosto de 2016, logo após o início da temporada. Naquele momento, ele começava o ano em um Minnesota Vikings que, com forte influência dele, tinha ganhado a NFC Norte em 2015. A lesão o afastou dos gramados em 2016 e em grande parte de 2017. Para a temporada 2018, o Vikings optou por liberar Bridgewater, assinando com Kirk Cousins por um ano.

E aí vem uma pergunta frequente nas redes sociais: Se ele era Free Agent, por que o Saints não o contratou? A resposta é simples: Ele não interessava naquela época. Ninguém sabia como Bridgewater estava fisicamente e se a lesão havia deixado sequelas. Mas após assistir o Qb jogando os três primeiros jogos da pré-temporada no New York Jets, o Saints fez o movimento que acredita ter qualificado o time.

"Eu acho, indo para a pré-temporada, que era difícil saber como ele estava fisicamente" disse o técnico Sean Payton. "Depois de ele jogar como jogou, você tem uma chance de vê-lo se mexendo, assistir alguns lançamentos. Nós passamos por um longo dia e estamos felizes em tê-lo".

A possibilidade do Jets trocar Bridgewater ficou mais clara quando eles draftaram o QB de USC, Sam Darnold, na terceira escolha da primeira rodada. A equipe ainda tem o veterano Josh McCown. Ou seja, eles não iam manter três quarterbacks no time.

Por volta das duas da tarde de quarta-feira, Bridgewater se encontrou com o Diretor do Jets, Mike Maccagnan, que explicou que uma equipe fez uma proposta pelo jogador. Após meia hora, Bridgewater estava no ônibus do time indo para Philadelphia (os times se enfrentaram na ultima semana da pré-temporada) quando chegou a informação de que a troca tinha acontecido, forçando ele a deixar o ônibus e dizer tchau para os colegas.

Na coletiva de imprensa, Bridgewater, Payton e o diretor do Saints Mickey Loomis, foram questionados sobre o futuro. O Saints passou os ultimos quatro anos procurando algum substituto de Drew Brees e, pela primeira vez nos últimos anos, o time realmente tem alguém apto para a função, mesmo sem Bridgewater ter jogado sequer uma partida pela equipe. 

Loomis, em entrevista antes do jogo da última quinta-feira, disse que é prematuro dizer que o novo quarterback será o substituto de Brees. "O primeiro passo é receber o atleta e conhece-lo como pessoa e como jogador. A partir disso vamos pensar no futuro".

Payton, que elogiou a precisão das tomadas de decisões de Bridgewater, disse que é muito cedo para saber se o jogador estará pronto para ser reserva já na primeira semana. Dessa forma, ele ainda não pode dizer nada sobre o futuro.

Já Bridgewater não quis comentar sobre o futuro em New Orleans, visto que ainda pode acontecer muita coisa entre agora e Março, quando ele será Free Agent novamente. "Para mim, eu apenas preciso viver o agora e tirar vantagem sobre essa oportunidade que tenho hoje. Eu não posso olhar muito pra frente. Meu foco é continuar crescendo e evoluindo no melhor jogador que eu puder ser para o New Orleans Saints".