COMO FOI O DRAFT 2018
New
Orleans chegou na noite do dia 26 com uma missão muito diferente do ano passado.
Após um draft fantástico e uma sólida offseason a equipe entra em 2018
precisando apenas complementar um elenco que parece pronto para chegar ao Super
Bowl.
1º
Round, escolha 14 (troca com GB)
Marcus
Davenport, DE, UTSA
O
Saints foi com tudo, claramente o front office e o coaching staff acham que
esse time pode chegar longe e acreditam que a peça faltante do quebra-cabeça é
o EDGE de UTSA.
Tido
pela grande maioria como o segundo melhor EDGE da classe, os vídeos do jogador
mostram o porquê de Payton e cia terem se apaixonado, Davenport é o que chamam
de aberração atlética, grande, veloz, forte e explosivo, é basicamente um
protótipo perfeito para a posição de defensive end.
Em
termos de produção, Davenport conseguiu melhorar seus números ano a ano
conforme seu papel dentro do time aumentava, em 2017 teve a melhor temporada da
carreira conseguindo 8.5 sacks e 17.5 tfl, 4 passes defendidos e 3 ff, cabe-se
ressaltar que UTSA não faz parte das principais conferências, mas é notável a
evolução e dominância de Marcus dentro do futebol universitário.
A
organização, e grande parte dos analistas veem o jogador com potencial para ter
dígitos duplos de sacks durante a carreira, já que, como dito anteriormente, possui
as ferramentas para tal, e por essa perspectiva é totalmente compreensível a
subida de New Orleans, PASS RUSHER é uma premium prosition na NFL, a média
salarial de um DE/OLB só é menor do que a dos quarterbacks.
Então,
qual o motivo de tantos questionamentos por parte da imprensa e torcedores? Bom, por mais que o jogador demonstre toda a
capacidade física nos vídeos ainda precisa de muito trabalho para aprimorar a
parte técnica, a sua forma de vencer é basicamente baseada na sua velocidade e
força, o que não é o bastante na NFL. O jogador precisa aprender mais modos de
chegar ao QB ou pelo menos ser dominante em um, além disso quando o primeiro
movimento de Marcus não funciona ele acaba tendo problemas para se livrar do
OL.
Essas
questões misturam-se com o valor pago para subir, o Saints cedeu não só a
escolha de primeira e quinta rodada de 2018 como a de primeira 2019, o que foi
considerado caro para um jogador relativamente cru.
Apesar
dessas questões a aposta válida, algo que pode ter motivado ainda mais a
escolha é a capacidade do técnico de linha defensiva, Ryan Nielsen, desenvolver
jogadores, todos os DT’s do Saints tiveram uma melhora considerável, além
disso, 4 jogadores de linha defensiva da universidade da qual era técnico
saíram nos 4 primeiros rounds do draft de 2018.
Davenport
não deve ser o titular logo no início da temporada, por todas as questões
citadas acima, mas seria interessante vê-lo em situações de passe, deixando o
livre para usar toda velocidade e força que possui, com o desenvolvimento certo
deve tornar-se um bom overall player e tomar conta do lado oposto a Cam Jordan.
3º
Round, escolha 91
Ter’Quan
Smith, WR, UCF
Depois
da grande movimentação do primeiro dia, surpreendentemente, o Saints teve um
segundo dia tranquilo, e manteve sua posição no draft.
Com a
única escolha do dia (a escolha de
segunda rodada de 2018 foi trocada para o time selecionar Alvin Kamara) o time
reforçou o grupo de recebedores com o jogador de Central Florida.
Tre’Quan
é mais um jogador que evolui a cada ano e foi o melhor recebedor do fortíssimo
time de UCF em 2017, foram 1.171 jardas e 13 touchdowns. Smith foi uma arma em
profundidade, segundo dados do PFF, o jogador teve 17 recepções para mais de 20
jardas, e conseguiu 9 touchdowns nessas situações.
O WR
tem um bom perfil atético, alto, veloz, e com braços longos, Smith pode
desenvolver-se em uma arma interessantíssima em bolas 50/50 e ter uma parceria
produtiva com Brees em passes em profundidade. Seu trabalho na linha de
scrimmage é muito bom, sabe utilizar as mãos para conseguir um release limpo,
além de ser um ótimo bloqueador no jogo corrido. Apesar das características
interessantes Smith é mais um prospecto para ser desenvolvido, precisa melhorar
seu trabalho de rotas, além de usar melhor as mãos no momento da recepção.
Em um
primeiro momento Smith deverá ser reserva da equipe, rotacionando no grupo, mas
não seria nenhuma surpresa caso o jogador conseguisse mais snaps ao longo do
ano, por conta da ameaça em profundidade e habilidade nos bloqueios, algo que o
Saints prezou muito no ano passado.
4º
Round, escolha 127
Rick
Leonard, OT, FSU
O
Saints começou o terceiro dia com sua escolha rotineira de um jogador do qual
ninguém ouviu falar.
Leonard
é um DL que acabou tornando-se OT em 2016 e atuando como titular na posição de
RT na equipe em todos os jogos de 2017. Um jogador que possui upside por conta
das suas características fisícas, é forte, mostrou agilidade nos vídeos, mas
ainda precisa de muito trabalho técnico, já que, basicamente, conhece a posição
a pouquíssimo tempo.
Rick
foi uma grandíssima aposta, o jogador estava no radar de pouquíssimas pessoas,
disse em uma entrevista que pode atuar como Guard ou como Tackle, mas vai
demandar trabalho da comissão técnica para estabelecer como poderá contribuir.
O
ideal para o Saints é que Leonard torne-se um backup confiável para a linha
ofensiva o mais rápido possível, tornando-se um jogador versátil, no estilo de
Senio Kelemete, OL que acabou saindo nesta temporada.
5º
Round, escolha 165
Natrell
Jamerson, DB, Wisconsin
Com
sua escolha de quinta rodada o time adcionou profundidade, velocidade e força a
secundária, trazendo o versátil Natrell Jamerson.
Jamerson
foi recutrado como wide receiver do HS, mas pouco atuou, logo em seu segundo
ano virou cornerback, posição na qual permaneceu por duas temporadas antes de
tornar-se Safety titular da equipe em 2017.
É mais
um jogador que vem de seu melhor ano, o que indica o seu teto alto e
possibilidade de desenvolvimento, em 2017 o jogador somou 51 tackles, 3.5 tfl,
1.5 sacks, 2 interceptações e 10 passes defendidos.
O
ex-Badgers é um jogador rápido e forte, o que pode se verificar pelos números
do combine e de seus vídeos. Natrell mostrou boa capacidade marcando passe, é
um jogador muito rápido quando identifica a jogada.
O
Saints vê um jogador como cornerback, e acredito que seja a melhor posição para
ele, principalmente por conta da velocidade e da capacidade para defender
passes. Além disso o jogador deve ser uma peça valiosa nos special teams já que
os testes indicaram um jogador que deve voar em campo.
6º
Round, escolha 189
Kamrin
Moore, CB, Boston College
Moore
é um cornerback grande, de braços longos, que trabalha bem em zona e tem bom
tempo de reação, seu problema é se livrar de bloqueios e trabalhar em rotas
mais longas, já que não possui muita velocidade.
Deve
trabalhar nos special teams pela capacidade de tackles, e brigar principalmente
em uma vaga no slot.
6º
Round, escolha 201
Boston
Scott, RB, Louisiana Tech
Scott
é um RB de baixa estatutura, mas muita força, e agilidade, a grande maioria de
suas jardas é conseguida entre os tackles, tem excelente número de jardas após
o primeiro contato e foi um dos running backs que mais quebrou tackles em toda
a NCAA.
Boston
não era um jogador que deveria ter muito espaço no time, mas com a suspensão de
Ingram é um nome para ficar de olhos nessa offseason, deve conseguir alguns
snaps. Além disso, o jogador deve trabalhar nos special teams como retornador,
algo que fez pouco no college, mas devido a carência da posição deve ser uma das
opções.
7º
round, escolha 245
Will
Clapp, C, LSU
Sim, o
Saints escolheu um jogador de LSU, e Clapp pode ser um nome interessante nesse
momento.
O
jogador ficou saudável durante toda carreira, trabalhou como guard e faz um bom
trabalho no jogo corrido, é fisicamente pronto para NFL por conta do nível de
competição da SEC e tem tudo para, de início, pelo menos ser um bom backup para
o interior da linha e com o tempo e desenvolvimento correto brigar para substituir
Unger.
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