3-4: Playoffs no horizonte?


Sim, ainda estamos com record negativo e um pouco distante dos playoffs, mas a vitória por 25-20 contra o Seattle Seahawks deu alguns argumentos para acreditar que o time pode ir mais longe nesta temporada. Caso isso não aconteça, mantendo esse nível, temos a certeza que com poucos ajustes, ano que vem será bem melhor.
Vamos começar pelo início catastrófico e que fez uma cabeça rolar. Logo no início do jogo, Mark Ingram sofreu novo fumble que foi retornado para touchdown. Saints saindo 7 pontos atrás do placar sem ser culpa da defesa. Isso poderia custar caro. Sean Payton já havia tirado Ingram da partida quando do fumble em Kansas City na semana passada e o fato aconteceu novamente. O running back ficou praticamente o jogo inteiro fora. Uma punição severa para um erro enorme.

"É a segunda semana que isso acontece e eu sei o quão competitivo ele é", comentou o técnico Sean Payton sobre Ingram. "Ele não estava correndo com a bola a mostra, o Seahawks que foi competente em tirá-la de lá. Vamos trabalhar isso com ele. Nós vamos fazer alguns treinos para a segurança da bola como fazemos toda a semana e isso será importante para ele".

Já seu substituto, Tim Hightower, foi bem na partida. Foram 26 corridas para 102 jardas, o que deve ter garantido um espaço maior no elenco do Saints. "É sempre uma competição pela posição", disse Payton. "Assim como o quarterback, normalmente você joga com um de cada vez. Nós faremos a rotação, mas penso que a intenção é de não tirar ele do time agora".

Após comemorar o desempenho, Hightower disse que conversou com Mark Ingram. "Eu já estive em seu lugar. É facil esquecer tudo que já fizemos. Já tive jogos que derrubei a bola duas vezes e isso machuca. Temos que trabalhar duro no jogo e quando um de nós cai, todos os outros precisam levanta-lo. Foi o que tentei fazer. Nós vamos precisar dele assim como hoje o time precisou de mim".

Nas redes sociais, o pedido para trocar Mark Ingram era grande e, com Hightower correndo mais, seria esse o fim da linha para ele? "Veremos a cada semana, mas Ingram ainda possui um espaço importante neste time" esclareceu o treinador.

Fato é que o inicio de jogo poderia dar um fim rápido para a partida. Os Seahawks são um time perigoso e que não permite muitos erros dos adversários. Mas foi a partir deste ponto que os Saints mostraram uma maturidade até então não vista. O time foi paciente, soube mover a bola pelo ataque e terminou com impressionantes 37 minutos de posse. O time não se desesperou após alguns drives chegarem até perto da endzone e acabarem em field goal. Uma postura cautelosa até para o agressivo Sean Payton.

"Eu penso que fomos competentes para executar nosso plano de jogo, controlar a bola e conseguir boas jardas nas primeiras e segundas descidas, dando boas condições nos terceiros down" analisou o Center Max Unger que recebeu a bola do jogo após a partida. "Esse time é muito bom em terceiras descidas e nós sempre buscamos não ficar atrás da linha de scrimmage, colocando o time em situações manobráveis. Penso que fizemos isso".

O jogo equilibrado entre ataque corrido e aéreo também fez a diferença. Brees completou 27 de 35 passes para 265 jardas e apenas um touchdown. Destes, apenas dois foram forçados. Todos os outros passes foram para jogadores que estavam livres em campo.

"A defesa foi bem criando turnovers, criando momentos e oportunidades para o ataque", disse Brees sobre o Seahawks. "Eles fazem isso muito bem nos ultimos cinco anos. É a melhor defesa da liga em ceder pontos. Não há um ponto fraco nessa defesa. Então você sabe que precisa conquistar cada jarda em cada situação".

Mas a defesa do Saints não ficou muito atrás nesse jogo. O medo de apanhar do jogo corrido do Seahawks se transformou em uma discreta atuação, com Christine Michael correndo 10 vezes para 40 jardas. No jogo aéreo, Russell Wilson esteve sempre sendo incomodado pela linha defensiva do Saints e ainda sofreu uma bela interceptação de Nate Stupar, que deu a oportunidade da equipe virar o placar.

"Eu apenas li os olhos do Russell", disse Stupar. "Logo que ele tirou suas mãos da bola, eu reagi, coloquei as minhas nela e peguei. Fico feliz disso ter acontecido, porque eu estava com um pequeno problema na minha mão, então estou feliz que pude colocar as duas mãos na bola e segura-la".

"Essa foi uma big play, porque estavamos perdendo na diferença de turnovers e isso seria um componente fundamental neste jogo", comemorou Sean Payton. "Quando fizemos essa jogada, voltamos a ficar empatados neste quesito e conseguimos transformar o turnover em touchdown, então ficou elas por elas".

Alem de Stupar, toda a defesa fez um bom trabalho em conseguir algumas paradas importantes, incluindo o ultimo drive. Alias, como é ruim depender da defesa no ultimo drive. Temos trauma disso. Mas contra os Seahawks a defesa conseguiu segurar o ultimo drive e garantir a vitória.

"Nick (Fairley) teve algumas boas jogadas, assim como a linha defensiva tentou fazer o jogo virar, sempre derrubando eles no backfield", disse o DE Cam Jordan. "Acho que seguramos eles para menos de cinco jardas corridas no primeiro tempo e não sei com quantas eles terminaram, mas não foi o suficiente para conseguirem a vitória e estou feliz com isso. Nossa defesa respondeu quando precisou, devolvendo o jogo para o Drew".

"Nós começamos a fazer as coisas certas, mas ainda precisamos ser mais consistentes", comentou o LB Craig Roberstson. "Não podemos ficar tão empolgados depois de uma vitória como essa. Sabemos que temos um jogo na próxima semana e você precisa sempre estar pronto para jogar".

Mantendo a consistência, não é absurdo sonhar com playoffs. Há uma enorme expectativa ainda
sobre o retorno do DT Sheldon Rankins e do CB Delvin Breaux, o que pode deixar a defesa ainda melhor. E o ataque está explosivo e produtivo como há alguns anos não se via. Na temporada, três recebedores estão caminhando para mais de 1000 jardas. No jogo, Michael Thomas liderou o time com seis recepções para 63 jardas.

É bem difícil, mas sonhar ainda é de graça. Será que conseguimos playoffs?

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