Sean Payton na ESPN : "Não me enxergo treinando em nenhum outro lugar"

Nosso técnico Sean Payton sentou - se com Hannah Storm da ESPN quando estava na cidade para cobrir os jogos de finais de conferência da NFL no fim de semana de 24 de janeiro.

Payton falou sobre a vida em Nova Orleans, Drew Brees, e o que o time precisa para melhorar.


Aqui está a transcrição completa:

Qual foi a sensação de ser mencionado para praticamente todos os trabalho de treinador nessa offseason ?
Payton: A grama não é sempre a mais verde em alguns esportes. Eu ouvi uma conversa que falava, você está se aproximando de 10 anos no comando, para mim são 9, 10 pelo nosso programa. E ainda, é diferente agora. A transição dos jogadores é muito mais rápida, então, eu não sinto que irei comandar um time que comandei há 5, 6 anos atrás.
Eu gosto desse vestiário. eu gosto do jeito que terminamos. E eu amo Nova Orleans. Portanto houve um período que eu pensei, hey, aqui é o lugar onde eu quero terminar.

Terminar sua carreira?
Payton: Sim, com certeza/

Você consegue enxergar-se treinando em algum outro lugar?
Payton: Não. Eu vejo me treinando meu filho de vez em quando. Eu treinei o time da sexta série dele, e se eu não tivesse treinando o Saints,  eu estaria ajudando o time dele em Liberty Christian. Essa seria a visão que eu teria.

Por que Nova Orleans para o resto da sua carreira?

Payton: É tipo algo que te agarra. Não inicialmente. Eu nunca teria dito isso no ano 2 ou ano 3. Eu não sei quando isso começa. As pessoas falam com você sobre essa cidade e chega a um ponto em que, há pequenas coisas que crescem em você e há uma apreciação pelo o que nós passamos, que é muito mais do que simplesmente futebol americano.
Mas eu também acrescentaria, além das grandes coisas de nossa cidade, nossa estrutura também é muito boa.

Em qual sentido?
Payton: Os donos, o escritório principal, Genaral Manager, treinador principal. Eu acredito que existem muitos em nossa liga que são disfuncionais, acredito que mais da metade.

O que você definiria como disfuncionais?
Payton: A comunicação entre esse triangulo de dono, general menager e treinador principal. E eu vejo coisas que acontecem a cada ano e eu penso:" cara, nós não precisamos nos preocupar com eles". Agora, nós precisamos naquele domingo. Mas nós não precisamos preocupar sobre eles, ganhar e a coisa toda. E isso é algo que muda. Não é algo permanente para nenhum time, assim como não é permanente para nós. Não é algo que nos preocupe de certa forma.
Nós precisamos achar um jeito de fazer um trabalho melhor de forma individual. Nós precisamos mudar o nosso jeito de jogar para fazer melhor que a nossa companha de 7-9 que nós acabamos de ter. Eu não tomo esse triangulo como garantido porque, cara, o que seria mais frustante do que treinar em algum lugar que você não tem chance nenhuma?

Qual é o seu maior desafio neste ponto de sua carreira, como treinador principal?
Payton: Acho que somos constantemente desafiados a mudar, para se adaptar à forma de como os nossos jogadores estão aprendendo hoje.

O que mudou desde que você começou com o Saints?
Payton: Há algumas coisas que não são tão diferentes, e algumas coisas que realmente são. Depois de 45 minutos em um encontro, esses caras ficam cansados e querem olhar para aquele iPhone. Eles só precisam dar uma checada. Eu acredito que a cobertura e a atenção em geral, eu acho que isso, é o mais desafiador.

Como assim?
Payton: Não é só fantasia. Você tem um recebedor em seu time, e talvez ele tenha 3 recepções para 68 jardas, mas sua média é de 110, e seu twitter explode de comentários. Essas são pequenas coisas que estão atrapalhando o que você está tentando construir como uma equipe, altruísmo.

Porque se torna um jogo de números?
Payton: Sim, sim. Eu acredito que se torna. E, eu acho, voltando ao tópico da procura de talentos, que se você pegar o cara certo, ele conseguirá lidar com isso. Houve outras distrações em 2007, por isso ainda estava procurando o mesmo cara. Em outras palavras, nós não mudamos o que estamos procurando, mas o que está puxando para eles agora mudou, mas nós ainda estamos procurando esse mesmo cara.
Ele tem os meios para saber, porque você irá combater várias adversidades. Todos os times que chegaram a essa pós temporada chegam a hora decisiva. Você terá mais sucesso ou mais apto a fazer isso com aqueles caras que são mais fortes internamente.

Como voltar a ter aquele defesa que um dia você já teve? Eu sei que dói saber que sua equipe teve o recorde de mais passes para touchdowns sofridos.
Payton: Com certeza, mas quando algo como isso acontece, há um grande número de mãos que estão desorganizados, começando pelo treinador principal. Mas nós precisamos melhorar muito nos drafts.

Quando você olha para o Drew Brees com 37 anos, quanto mais você acha que ele ainda pode render?
Payton:  Eu acho que muito ainda. E eu não disse facilmente. Eu disse com convicção, só prestando atenção no que estou vendo. Há um ano atrás ele teve que fazer uma cirurgia no oblíquo e isso afetou ele um pouco. Eu não vejo como uma lesão de atrito. Eu não vejo, você sabe, que o que aconteceu com o pé dele poderia ter acontecido quando ele tinha 28. O jeito que ele se prepara, e muito disso é de  seu atleticismo, e como ele vive também.
Ele é alguém que vai dormir, que vai treinar, que está em ótima forma física, eu não vejo essa janela, se você vê, isso termina quando você vê. E isso é uma coisa boa.

O que você quer que o pessoal diga quando tudo estiver dito e feito?
Payton: Eu penso isso, ele foi alguém vencedor, e foi alguém que se importava com seus companheiros de time e treinadores, de um jeito não tão diferente de como ele cuida de seus filhos.
Ás vezes eu penso. como você está envolvido nisso, a visão, você aprende a não dar importância para coisas que não são tão importantes assim. eu sei com certeza. Você é um pouco mais sábio daquela maneira e você reconhece, isso é realmente importante, não é tão importante. e você começa a manter o foco em um determinado sentido e não se distrai mais tão facilmente.

Payton reconheceu que para melhorar, o Saints deve melhorar muito, e que ele não se vê treinando mais nenhuma outra equipe. Vamos torcer que essa seja uma offseason produtiva e que o tima melhore muito ano que vem.

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