WRs Jones e Coleman prontos para aproveitar oportunidade

Seantavious Jones e Brandon Coleman não são gêmeos.

Seantavious Jones (esq) e Brandon Coleman (dir)
Mas há como não conectá-los por conta do tamanho, das circunstancias e da oportu-nidade? Não!

Por conta destas coincidências, é evidente a harmonia entre os dois.

Ambos podem ser considerados alvos imponentes, Jones com seus 6’3” e 200 libras (aproximadamente 1,90 metro e 91 kg), Coleman com 6’6” e 226 libras (1,98 metro e 102 kg), jovens, com 22 anos cada que entraram na liga na temporada passada como calouros não draftados – Jones de Valdosta State (Georgia) e Coleman de Rutgers – e passaram a maior parte do ano na equipe de treinamento (practice squad) antes de assinarem contrato para a equipe principal no final da temporada, Jones em 11 e Coleman em 26 de dezembro.


E cada um deles terá a chance de disputar a posição no elenco de 53 jogadores este ano, uma vaga na rotação de recebedores e podem causar um impacto no campo.

Os dois jogadores que lideraram o New Orleans Saints em recepções na temporada passada – o TE Jimmy Graham (85 recepções para 889 jardas e 10 TD) e o WR Kenny Stills (63-931-3) – foram trocados com Seattle e Miami respectivamente, durante a inter-temporada. E o veterano Robert Meachem atualmente não está mais com a equipe.

Para os garotos, a porta está aberta! A oportunidade está lá para que eles possam agarrá-la ou para que outros possam toma-la deles.

“Não é uma oportunidade de ouro, é só uma oportunidade”, disse Coleman na semana passada. “Eu tive oportunidades antes, no colegial e na universidade e nesse mesmo nível. Então eu tive apenas que aproveitá-las, simples assim”.

“Eu realmente sinto que tenho a chance de estar entre os recebedores”, disse Jones. “Eu só tento aproveitar ao máximo a oportunidade de estar entre os 53 jogadores do elenco principal e ajudar o time da forma que eu puder”.

“Cole é meu parceiro! Trabalhamos juntos, fazemos tudo juntos. Estamos tentando fazer parte deste elenco juntos”.

A melhor forma de fazer isso é continuar a tentativa de se tornarem os recebedores que a comissão técnica do Saints imaginou que eles podem ser quando os trouxe como calouros não draftados. E a prova de que eles terão a oportunidade de mostrar serviço está no fato de o New Orleans Saints não ter selecionado recebedores no draft deste ano, pelo contrário, o time tem se apoiado na ideia de que os dois jovens jogadores terão uma boa evolução durante os treinamentos como uma razão para não gastar escolhas em jogadores da posição.

E até o momento a equipe não teve motivos para se lamentar de sua decisão.

“Tivemos a chance de ver muito no ano passado e mencionei que vão de encontro a essa inter temporada, (e) esses caras tem trabalhado duro durante esse período”, disse o técnico Sean Payton em entrevista na semana passada. “São dois caras competindo por pontos aqui e obviamente ambos são grandes alvos, mas nós temos um bom elenco e uma boa concorrência nessa posição”.

“Eles estão no seu segundo ano. São garotos que causaram uma boa impressão em nós na equipe de treinamentos na temporada passada. Eles tem tido uma boa inter temporada com os treinamentos na sala de musculação”.

“A primeira coisa que avaliamos é fazer o jogador saber o que fazer, e aqueles garotos no segundo ano estão se alinhando muito rápido. Se você sabe o que fazer é muito fácil, é a chance melhor de se fazer isso do que ter dificuldades ficando no huddle e entendendo qual rota você tem. Eles estão jogando com um conhecimento do ataque e penso que você pode ver um pouco disso no jogo deles”.

As jogas citadas por Payton são dos OTAs. Mas na parte dos treinos que são abertas à mídia, Jones e Coleman tem mostrado um impressionante raio de recepção – passes não tem que ser perfeitos,  cada um tem a envergadura necessária para ir pra cima dos defensive backs – e a habilidade de separação após a recepção.

O ano todo estudando o playbook deu a eles uma zona de conforto, permitindo que joguem mais soltos e mais rápidos.

“É como uma aceleração de 0 a 100”, disse Jones. “Aconteceu rápido. Tenho um melhor entendimento do jogo, do ataque, estando apto a jogar mais rápido, o que me faz um recebedor melhor”.

O safety Kenny Vaccaro disse: “Seantavious Jones e Brandon Coleman estão fazendo um excelente trabalho! Eles tem tido muito progresso desde a última temporada. Eles tem feito grandes recepções, finalizando as jogadas – eu gosto disso. E isso é bom para nós”.

“Isso acontece entre os anos 1 e 2 – eles chegam como caras não draftados, estudam o jogo e o ataque. Uma vez você está confortável, você tem condições de fazer essas jogadas porque eles tem essa habilidade”.

O potencial é facilmente identificável. O cultivo dele ajudou a criar um par de jogadores que o Saints acredita estarem prontos para produzir.

“Eles gostaram de como eu terminei a temporada e me queriam um pouco mais forte, um pouco mais flexível e que eu me mantivesse estudando”, disse Coleman. “Tem muitas oportunidades, jogadas à serem feitas, então penso que posso estar lá e preencher esse espaço”.

Se assim for, eles estarão emu ma linha de jogadores do Saints cujo mantra da comissão técnica é “não nos importamos de onde eles vieram”.

“É muito difícil, porque as pessoas realmente não esperam que você fará jogadas que outros podem, porque você veio de uma universidade menor ou porque você é um jogador não draftado”, disse Jones. “Mas você deve ir lá e mostrar que é diferente”.

Marcelo Afonso da Silva traduziu o texto de John DeShazier. O texto original pode ser visto aqui

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