"Semana nacional do ódio" inicia-se quando Saints e Falcons se preparam para o 100º encontro na temporada regular


Austin Carr nem tinha jogado com o uniforme dos Saints quando percebeu o quão intensa a rivalidade com o Atlanta Falcons é. Carr chegou a New Orleans em Setembro de 2017, aproximadamente sete meses depois do Falcons deixar escapar aquela sempre comentada liderança de 28-3 no Super Bowl LI para o New England Patriots.

"Quando eu vi os outdoors pela cidade com aquele placar do Super Bowl, eu soube que era sério," disse Carr. "Foi louco".

A loucura continua neste domingo, no Mercedes-Benz Superdome, quando Saints e Falcons se encontram na temporada regular pela 100º vez.

É, sem dúvida, a rivalidade mais intensa da liga.

"Semana nacional do ódio", disse o defensive end dos Saints Cam Jordam na segunda-feira, quando o Saints retornou para o treinamento após a semana de folga.

"É parecido com um jogo entre Cal-Stanford," falou Jordan, comparando à rivalidade do jogo de sua Alma-Mater. "Todo mundo sabe que vai ter, e ainda assim traz um novo espírito de rivalidade a cada ano. Quando você tem o Falcons ciruculado em seu calendário, o próximo jogo é o mais importante, mas na verdade é porque é Atlanta".

O Saints não jogou com outro time mais vezes do que jogou contra o Falcons. Em adição aos 99 encontros na temporada regular, eles também se encontraram uma vez nos playoffs. Incluindo aquela solitária partida de playoffs em 1991, o Falcons lidera a série por 52-48. Mesmo ano passado, apesar da varrida do Saints sobre os Falcons, ainda havia sinais de quão intensa é a rivalidade.

Durante a semana que precedeu as finais de conferência ano passado, a prefeita de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, deu suas preferências sobre quem ela esperava que fosse jogar o Super Bowl que sua cidade estava recebendo.

"Qualquer um que não seja o Saints," ela disse. "Eu sei que vai ter uma caça sobre mim por dizer isto, mas se não pode ser o Falcons, então, ei, contanto que não seja o Saints, estarei feliz".

Ela apareceu alguns dias depois dizendo que estava brincando,  mas isto já tinha sido uma indicação suficiente de quanto os fãs do Falcons odeiam o Saints e vice-versa.

Se você não acredita em mim, vá ao Twitter e verifique o vídeo da "Jefferson Parish School" postado na segunda com crianças numa aula tirando sarro do jogo do 28-3.
É uma rivalidade, e como velhos clichês ressurgem, você pode jogar recordes pela janela. E no caso do Falcons, eles provavelmente adorariam. A franquia de Atlanta está 1-7 até agora na temporada e tem sido uma das maiores decepções da NFL em 2019. Muitos acreditavam que Atlanta seria uma ameaça para o Saints, que mantem uma sequência de 7-1 na divisão sul da NFC. A única vitória de Atlanta foi contra o Philadelphia Eagles em 15/09, no mesmo dia em que o Saints sofreu sua única derrota.

O tight end Jared Cook participa desta rivalidade pela primeira vez, mas o ex-jogador do Oakland Raiders participou de jogos contra o Kansas City Chiefs e sente que essa rivalidade é semelhante. Cook cresceu na Georgia, então tem uma boa ideia do que se trata um Saints vs Falcons.


"Pessoas estão sempre vindo a mim e dizendo: 'Você pode ser da Georgia, mas só sei de uma coisa, é melhor você odiar aqueles pássaros imundos'", disse Cook. "Tem sido engraçado para mim ver o quão sério é isso. Mesmo das pessoas que estão lá fora. Toda vez que esta história e este ódio estiver lá, os caras terão uma responsabilidade extra nos ombros, indo para dentro daquele jogo".


Enquanto o Saints tenta tratar todos os jogos da mesma maneira, é difícil neste caso.

"Um monte de caras novos podem não saber sobre isto, mas acho que eles irão aproveitar a chance para sentir isto ao longo da semana," disse o left tackle do Saints Terron Armstead. "É um pouco diferente, um pouco mais aguçado, um pouco mais pessoal. Nós gostamos de abraçar isto e tratar isto desta forma".

Armstead é parte da rivalidade Saints-Falcons desde 2013. Ele passou por isso uma dúzia de vezes, mas admite que percebeu a seriedade disto quando era calouro.

"Aquele primeiro ano, ele foi definitivamente diferente," disse Armstead. "A energia estava alta, essa rivalidade está presente, e isso tem uma razão."

Fonte: nola.com

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