Pós Jogo - Saints 30@20 Vikings: Amor e ódio com a defesa


Ô relacionamento complicado.

Contra o Minnesota Vikings tivemos uma montanha-russa de sensações. Quisemos matar o PJ Williams, depois passamos a ama-lo e antes de terminar o jogo a gente já queria matar ele novamente.

Essa vitória vai para a conta da defesa, mas temos mais uma boa notícia: Achamos mais uma forma de vencer. Agora, sem Drew Brees.

Vamos começar falando sobre PJ Williams. Todo mundo sabe que nossa defesa tem dificuldades com qualquer ser humano que saiba receber um passe. Não foi diferente contra o Vikings. A meta do time da casa era queimar Eli Apple e PJ Williams sempre que possível. E a tática deu certo. Adam Thielen e Stefon Diggs conseguiram big plays contra o PJ. Apenas no primeiro drive, ele cedeu três recepções, incluindo um touchdown, e cometeu uma falta por contato ilegal. "Eu nunca tinha jogado tão mal", disse Williams.

Mas as coisas começaram a mudar ainda no 2º quarto. PJ ajudou em um fumble que mudou a história do jogo. Já no terceiro quarto, Williams interceptou uma bola e retornou 45 jardas para touchdown, colocando o Saints em uma tranquila situação de 27-13. "Depois de ceder algumas jogadas, foi um alívio", admitiu o jogador.

"É difícil você voltar para o jogo e jogar com a mesma confiança depois de ceder uma jogada grande", disse o técnico Sean Payton. "Você nunca sabe quando terá uma oportunidade como o PJ teve (sobre a interceptação)".

Mas não foi apenas PJ Williams que melhorou. A defesa inteira reagiu após um início lento. Durante 28 minutos, o ataque do Vikings praticamente fez o que quis, com Kirk Cousins terminando o primeiro tempo com 242 jardas. A partir do fumble, tudo mudou. Alex Anzalone e PJ Williams acertaram um tackle que fez a bola voar e Marshon Lattimore retornou, colocando a equipe em posição para pontuar.

"O técnico Allen da ênfase em correr para a bola e bater se você puder bater", disse Anzalone. "Foi dessa forma que eu fiz e a bola escapou de algum jeito".

Depois disso, a partida não saiu mais do controle do Saints. O segundo tempo foi de uma defesa confiante e agressiva, que conseguiu quatro sacks, sendo dois do DT Sheldon Rankins e outros dois do DE Marcus Davenport. Em um deles, Davenport conseguiu tirar a bola do Cousins, mas o quarterback já tinha encostado o joelho no chão e a jogada foi parada. Alem de pressionar o Cousins, o Saints controlou as principais armas adversárias.

"Fizemos alguns ajustes em coberturas, algumas marcações duplas que tínhamos", disse Sean Payton. "Esses caras são durões - os recebedores são durões - e Kirk fez um bom trabalho em acha-los no campo. Só que nós fomos capazes de parar quando precisávamos. Eu lembro de uma parada de terceira descida antes da virada de quarto que foi enorme. Nós, ainda bem, fomos capazes de marcar o touchdown. Eu fiquei um pouco preocupado. Nós terminamos um turnover com um field goal, ofensivamente, mas fizemos o suficiente para vencer".

A grande expectativa estava em torno do estreante Eli Apple. O cornerback teve uma titularidade precoce, com o Saints deixando Ken Crawley fora da partida. Apple cedeu alguns passes e cometeu algumas faltas. Desempenho bem abaixo do que era esperado.

"Eu preciso dedicar mais tempo no playbook, mais tempo para me sentir confortável e  saber como jogar com outros caras que eu nunca tinha jogado", comentou Apple. "Isso me atrapalhou um pouco, mas eu sinto que estou no caminho. É um bom começo de construção. Estou empolgado".

"Eu penso que isso (ser titular após apenas três dias com o time) diz muito sobre ele, sobre o quão rápido ele chega", disse Demario Davis, saindo em defesa do companheiro. "Ele veio no primeiro dia, no primeiro jogo, pegou toda a defesa e já saiu pra partida. Ele teve um dia surpreendente. Isso diz muito sobre ele como jogador. Especialmente sendo um jogador jovem na liga e com possibilidade de adaptar e aprender defesas diferentes".

Foto nada a ver com o texto, mas esse sorriso tá bonito demais
Mas de todas as lições, o que deixa todos mais animados é que o Saints encontrou mais uma forma de ganhar jogos na liga. Dessa vez, foi uma vitória em que o ataque  não precisou ser utilizado. Drew Brees teve uma partida extremamente tímida, com apenas 120 jardas lançadas, um touchdown e a primeira interceptação da temporada. O jogo corrido teve 106  jardas, com uma média de 3,65 jardas por corrida.

"Penso que estávamos nos sentindo num tiroteio até o terceiro quarto, até que você sente que pode para-los em algum momento e eles não conseguem voltar", comentou o DE Cameron Jordan. "Nós podemos estar em um tiroteio todos os jogos. Contra o Ravens, estivemos em um tiroteio até o fim do jogo. Começamos a temporada em um tiroteio contra Tampa Bay e na semana seguinte contra o Browns. Estamos aqui para isso".

"Você precisa estar pronto para tirar vantagem de cada oportunidade que o time adversário vai te dar", disse o quarterback Drew Brees. "Viemos com um plano de jogo bem elaborado e baseado no que a gente estava vendo e o que era efetivo. Aí fomos reduzindo ele até achar o que seria nosso 'feijão com arroz'. Sinto que hoje fomos capazes de controlar a bola correndo e que os passes foram um complemento disso, conseguindo uma primeira descida aqui ou alí, conseguindo passes completos, criando jogadas positivas. Jogadas positivas nos coloca em situações mais maleáveis e assim podemos sustentar campanhas, ficando no campo e mantendo o ataque explosivo deles fora".

Com essa vitória, o Saints começa a temporada de 2018 com o recorde de 4-0 como visitante. A última vez que a equipe conseguiu isso foi em 2009 (alô supersticiosos). E o mais importante, são vitórias diferentes, com características diferentes e que vão deixando o time cada dia mais cascudo.

Ah! E não posso deixar passar. Wil Lutz perfeito novamente. Na temporada, são 15/16 field goals e 21/22 extra points. E grande parte deles no meio do Y.  Espetacular.



Por enquanto, estamos sobrevivendo com louvor a um calendário extremamente complicado.

Próxima parada, Los Angeles Rams.

#WHODAT


Comentários

Unknown disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse…
Pq não cria um grupo pros torcedores dos Saints aqui no Brasil. Tô procurando um grupo no ZAP faz tempo.

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