Como acabar com a festa de Diggs e Thielen?



Eles formam uma das melhores duplas de recebedores da liga. O que o Saints precisa fazer para pará-los?

Thielen tem se consolidado como um excepcional corredor de rotas e já acumula 822 jardas na temporada. Além de jardas, ele lidera a liga em first downs conquistados, com 43 e anotou 5 touchdowns. Já Diggs, ainda que não esteja em sua melhor fase, está no top 25 em jardas, recepções e jardas depois da recepção.

Esse combo pode atacar qualquer linha das defesas adversárias. O talento desses jogadores permite ao coordenador ofensivo John DeFillipo utilizar complexos conceitos de passe e esticar as defesas tanto lateralmente quanto verticalmente. Enquanto Thielen é constantemente visto como um slot receiver (e ele é visto varias vezes nessa posição), ele e Diggs podem efetivamente ser utilizados em diversas formações.

Atacando uma área curta do campo:
É algo que vemos times utilizando com sucesso contra a defesa do Saints. O Ravens utilizou Willie Snead nessa formação para ganhar 13 jardas e um first down.

A defesa do New York Jets fez um bom trabalho contendo Diggs nas tentativas através desta formação. O Saints deve fazer algo similar ao Jets contra jogadas end-around e jet-sweep, que são jogadas onde os adversários tem encontrado sucesso, particularmente no início dos jogos. 

A favor do time tem o fato de a defesa liderar a liga em jardas cedidas por tentativa e o front 7 será fundamental para que os bons números sejam mantidos. Demario Davis tem liderado o grupo de linebackers e é considerado o jogador acima da média no segundo nível da defesa.

No conceito de passes curtos, Diggs tem 9,8 jardas por recepção e muito desse sucesso vem do ataque a áreas intermediárias das defesas, o que não significa que ele não ataque o fundo do campo com eficiência.

Uma das razões de o Saints estar tendo sucesso contra o jogo corrido e passes curtos é o fato de os ajustes feitos pelo coordenador defensivo Dennis Allen terem dado certo. Podemos incluir aí jogadas de cobertura como Cover 2 e Tampa 2 estarem sendo mais utilizadas do que foram em 2017.

Atacando as sidelines:
Pode ser difícil manter o mesmo nível de sucesso quando os times mudam o foco para os limites. A maioria das coberturas em zona não colocam mais de um jogador defendendo as sidelines. Como resultado, é onde spot concepts e flood/sail concepts podem ser bastante efetivos.

Spot concept pode ser interpretado como um triângulo (quando se verifica as rotas corridas pelos recebedores, a formação é de fato um triângulo) que dá ao quarterback três opções em diferentes profundidades.

Spot concept pressiona a sideline com uma rota out e uma corner enquanto traz o recebedor que está mais próximo da sideline para o campo para que ele fique como figura frontal do triângulo.

Em man coverage, este conceito pode criar "obstáculos" onde defensores são pegos correndo na direção um do outro. Contra certas coberturas em zona este conceito pode pressionar um único jogador, pois pode atacar simultaneamente a frente e o fundo da sua zona.

Conceitos mais complexos têm suas desvantagens. Eles demoram um pouco mais para se desenvolver e, se uma defesa joga de forma sólida fechando as janelas de passe, pode levar a linha defensiva a ter mais tempo para chegar ao quarterback.

Atacando a primeira linha de defesa:
Essa é uma área onde o jogo de Adam Thielen não tem crédito suficiente - a habilidade de Minnesota de atacar o fundo.

O Saints tem usado bastante a formação cover 3 nos últimos dois anos. Ainda que exista as 10 jardas de distância entre Thielen e seu marcador, ele tem explosão e velocidade suficiente para passar por cima do defensor. A ajuda do safety nessas situações é fundamental.

"Enganosamente rápido", muitas vezes é sutil para falar de um jogador que, na verdade, não é tão rápido, mas usa outros recursos para formar separação e então ter a velocidade suficiente para finalizar as jogadas. É a melhor forma de descrever Adam Thielen e Steffon Diggs. Ambos correram 4,49 e 4,46 segundos respectivamente nas 40 jardas, e esses números são um tanto modestos. Porém, em uma liga onde temos visto mais e mais wide receivers e defensive backs alcançando a casa de 4,3 segundos (Lattimore é um bom exemplo), os números de ambos não pode ser considerado algo excepcional. Ainda assim, os dois combinam para 16 jogadas com recepção para mais de 20 jardas e essa habilidade deve ser respeitada pela defesa do Saints.

Além disso, o quarterback Kirk Cousins tem sido muito seguro e eficiente durante essa temporada. Apenas 1% de seus passes resultaram em interceptação e, embora isso não seja tão surpreendente quanto os 0% de Brees, ainda é um número impressionante.

Ainda que desconsideremos Thielen e Diggs, Cousins tem três outras excelentes opções para o jogo aéreo. O sempre confiável Kyle Rudolph, Laquon Treadwell e o running back Latavius Murray.

Durante a partida, algum cornerback vai acabar defendendo uma ilha. O Saints obviamente prefere que este jogador seja Lattimore, mas ao longo desta temporada, vimos Ken Crawley e PJ Williams ficar nessa situação e ceder grandes jogadas. Minnesota obviamente deve se aproveitar dessa debilidade defensiva do time.

E quanto a Eli Apple?
Tendo chegado ao Saints somente essa semana, é impossível saber se ele jogará e o quanto jogará. Caso jogue, terá tido tempo suficiente para se preparar?

Essa chegada pode muito bem ser benéfica ao time, mas a médio prazo e não para um jogo que acontece poucos dias após a sua chegada.

Se esse é realmente o caso, é esperado que Crawley esteja em campo novamente e sabemos o que pode acontecer num eventual matchup com Diggs.

Em algumas jogadas de profundidade, Cousins parece fazer passes mais curtos do que deveria, e aparentemente os marcadores estão em boas posições para evitar que as jogadas aconteçam. Entretanto, tanto Diggs quanto Thielen tem uma grande capacidade de fazer ajustes, se adaptando aos passes e conseguindo grandes jogadas... e touchdowns! A unidade defensiva toda precisa estar muito atenta a essa capacidade dos dois jogadores.

O Vikings tem tido altos e baixos como um time essa temporada. New Orleans deve tirar vantagens de algumas fraquezas apresentadas pelo time nas primeiras semanas, como por exemplo, a de ser o quarto time que mais cedeu sacks ao longo desta temporada e se aproveitar também dos desfalques já conhecidos através do último injury report divulgado pelo time. Anthony Barr, Tom Compton, Dalvin Cook e Andrew Sendejo não jogarão enquanto Linval Joseph e Xavier Rhodes tem sua participação como duvidosa.

É bom o Saints se aproveitar dos desfalques e fraquezas apresentada pelo Vikings, para que não sofra um novo milagre de Minneapolis.

Fonte: theathletic.com


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