Desafio para o Saints: Não deixar Tyrod Taylor correr

Todo mundo sabe que um dos motivos do New Orleans Saints ter perdido para o Tampa Bay Buccaneers foi a incapacidade da equipe parar as corridas do quarterback Ryan Fitzpatrick. A questão é que Fitzpatrick não é um jogador tão móvel quanto Tyrod Taylor, quarterback do próximo adversário do Saints, o Cleveland Browns. E agora vem o desafio: pará-lo.

"Mesmo que a gente não tenha desistido na última semana, nós precisamos ser muito mais disciplinados agora", comentou o defensive end Alex Okafor. "Ele é um bom scrambler. E, especialmente pelo que fizemos na última semana, você sabe que ele vai ver esse filme e vai procurar fazer a mesma coisa. Então, nós precisamos ficar perto da perfeição com nossas linhas de pressão e nossas estratégias para contê-lo".

Fitzpatrick teve um inacreditável desempenho com 417 jardas aéreas e quatro touchdowns, além de correr por 12 vezes para 36 jardas e um touchdown. O número pode não parecer impressionante, mas seria melhor sem as quatro vezes em que Fitzpatrick ajoelhou, diminuindo sua estatística do jogo corrido em quatro jardas. Duas das suas outras oito corridas foram para converter terceiras descidas e uma foi para touchdown.

Agora o time enfrenta Tyrod Taylor, que é um dos melhores quarterbacks nessa função de lançar e correr. Ele lidera a posição na liga em jardas corridas desde 2015. Ao mesmo tempo, o Saints não teve problemas em conter seu jogo em Buffalo na última temporada. Na vitória por 47-10 contra o Bills na Semana 10 de 2017, Taylor teve 9 de 18 passes para apenas 56 jardas e uma interceptação e correu apenas três vezes para 27 jardas. A performance ruim fez com que o Bills colocasse Nathan Peterson no 4º quarto do jogo e mandasse Taylor para o banco na semana seguinte.

"Sempre que você tem sucesso em um jogo e você atua novamente com o mesmo pessoal, você vai olhar para o que fez certo para tentar repetir e o que errou para ajustar", disse Okafor.

Já Taylor disse que tem uma motivação extra pelo que aconteceu em 2017.

"Claro, eu lembro daquele jogo. Não foi como eu planejei e agora eu estou ansioso para competir contra aquele grupo novamente. Você tem que escolher entre as oportunidades que vão aparecer para usar as pernas. Não é algo que eu vou planejado para fazer. Se a oportunidade se apresentar, vou procurar tirar vantagem em algumas jogadas".

Taylor não foi bem lançando a bola no empate do Browns com o Pittsburgh Steelers no último domingo. Ele completou 15 dos 40 passes para 197 jardas e um TD e uma interceptação. Ao mesmo tempo, ele carregou a bola oito vezes para 77 jardas, incluindo uma corrida para 24 jardas e um touchdown de 20.

"Reconhecemos que ele é um dos melhores quarterbacks corredores da liga. Não apenas correndo com a bola, mas escapando do pocket e fazendo as coisas acontecerem no fundo do campo com os recebedores", disse o DT Sheldon Rankins.

Lançando, Tyrod também tem uma habilidade grande em evitar turnovers. Na carreira, ele lançou interceptações em apenas 1,4% dos passes lançados. É um numero menor que Aaron Rodgers (1,6), Tom Brady (1,8) e Drew Brees (2,4). Mas Taylor é um pouco frágil em evitar fumbles. Foram 9 em 2015 e 4 em 2016 e 2017. Ele já sofreu um fumble na primeira semana.

"Na última semana, vimos alguém que pode ser criativo, ser um pouco diferente e resolver as coisas com seus pés. Certamente nosso plano de pressão e como jogaremos contra o Tyrod será importante", disse o técnico Sean Payton. "Ele é um jogador perigoso dentro e fora do pocket". 

E para ter sucesso contra esse jogo, a linha defensiva será muito importante. E dentro disso, Marcus Davenport diz que quer ser mais... "Violento".

"Ser mais preciso na técnica e conseguir jogar com violência. Violência nas mãos, violência nos pés e explosão".

Opinião Saints Brasil

Parar Tyrod Taylor não será fácil, mas o texto mostra que o Saints já fez isso. Como? Uma linha defensiva forte, aguda, e um corpo de linebackers atento com o que acontece em campo. Apesar de cuidar bem da bola, Tyrod não é o quarterback mais talentoso com o braço e a tendência do Browns é explorar o jogo corrido com option plays. O front 7 precisa estar extremamente atento em relação a isso e, insistimos, alguém precisa ficar em Spy. Se o jogo corrido deles for contido, provavelmente o Browns fará bobagens tentando lançar a bola e aí ficará na mão do ataque resolver o jogo.