Com Mike Gillislee, Saints precisa saber como trabalhar com seus running backs


Algumas semanas atrás, o técnico do Saints, Sean Payton, foi questionado sobre Alvin Kamara.

A premissa disso era sobre o elemento surpresa. O entrevistador estava sugerindo que Kamara poderia sofrer alguma regressão nesta temporada, visto que a liga teve uma temporada para estudá-lo e elaborar um plano para limitar seu impacto.

Payton não concordou com isso.

"Em que momento da temporada do ano passado não foi mais uma surpresa?", perguntou o treinador do Saints. “Semana 3? Então, o que aconteceu na semana 8? Foi uma surpresa na semana 10? E a semana 14?".

Talvez Kamara não tenha uma média de 6,1 jardas por carregada na próxima temporada. Talvez ele não consiga 100 recepções no jogo de passes com armas melhores preenchendo o ataque, mas a insinuação de que o running back ainda surpreendia as equipes em qualquer momento da temporada passada é totalmente equivocada. Portanto, não, não deve haver grande preocupação de que Kamara seja sufocado pelas defesas, enquanto Mark Ingram está cumprindo uma suspensão no início da temporada, deixando New Orleans sem um jogo corrido.

Como pode haver surpresas quando os jogadores têm iPads carregados de vídeos para o próximo jogo antes de deixar o estádio aos domingos? Há muito acesso a informações e análises para que qualquer coisa fique fora do radar.

Podemos dizer-lhe em minutos que Kamara foi alvo 10 vezes no ano passado depois que começa a se mexer. Não deve ser difícil para as equipes localizarem algo que lhes diga para prestar atenção no running back de Nova Orleans, com uma média de tantas jardas por toque e que aparece eum vários melhores momentos.

E eles fizeram. O Carolina Panthers decidiu que a melhor chance de vencer o Saints nos playoffs na temporada passada era carregar o box (front seven) e fazer Drew Brees lançar a bola. New Orleans ficou com apenas 41 jardas correndo, mas Brees lançou para 379 jardas na vitória por 31-26. Portanto, há uma maneira de desacelerar Kamara e o ataque corrido, mas isso significa colocar New Orleans em uma posição mais vantajosa pelo ar. Boa sorte.

Em breve, veremos se "acontecerá" vira "aconteceu" com Ingram fora nos 4 primeiros jogos. Grande parte do ataque fluiu pelas corridas na temporada passada, e provavelmente continuará assim, pois Kamara ainda está na equipe, mas algo será perdido sem Ingram. É inegável, a questão é, quanto isso pode ser suavizado?

O que torna Ingram especial é que ele é bom em tudo. Corre bem, é viável como recebedor e serve na proteção de passe. Nova Orleans não tem outro jogador sem ser Kamara que possa fazer todas essas coisas. Boston Scott, pick do sexto round, foi dispensado e Mike Gillislee, contratado neste final de semana, só conseguiu 16 recepções durante seus seis anos na liga.

Kamara nunca teve mais de 19 toques correndo e recebendo a bola na última temporada. Embora ainda seja possível que ele exceda esse número significativamente, parece mais provável que Payton tente mantê-lo o mais próximo possível disso. Isso significa que Gillislee provavelmente compartilhará o papel.

Gillislee poderia ser usado em primeiras e segundas descidas, bem como em situações de curta distância. Mas foi um pouco inconsistente nessas situações na última temporada. Entre os running backs que conseguiram 10 ou mais primeiras descidas a 2 ou menos jardas, a taxa de sucesso de Gillislee é de 65,2% e ficou em 20º entre 30 running backs qualificados. Ingram foi nono com 72,4%. Kamara não se qualificou, mas converteu 8 de 12 tentativas.

Quanto ao jogo aéreo, Kamara fará a maior parte do trabalho pesado e será o escolhido para dividir as rotas de recebedor. Os outros RBs só precisam receber screens e outros passes básicos para fora do backfield.

Tudo vai se misturar de alguma forma e deve funcionar bem o suficiente. Mas há algumas coisas a superar e pode levar algum tempo até que a imagem fique clara.

"Acho que nossa liga rapidamente examina de perto o que as equipes fazem, suas tendências, quem está fazendo o quê, que novatos estão jogando muito bem", disse Payton. "Eu não acho que é uma liga onde, com todo o acesso a vídeos, temos muitas surpresas, se houver."

No momento em que os adversários descobrirem o que o Saints está fazendo com seus running backs, Ingram deve estar de volta. Todos saberão o que está por vir, e provavelmente isso não importará.

Fonte: The Advocate

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