Chargers 7 x 13 Saints – Vencedores e perdedores


Tivemos o segundo jogo do Saints nesta pré-temporada contra o Los Angeles Chargers, no StubHub Center em Carson, California. Com a vitória de 13-7, a equipe acabou com a sequência de 10 derrotas seguidas em jogos de pré-temporada.

A lição que fica é: mesmo que jogos de pré temporada pouco contem, eles podem nos dizer muito sobre o lugar que cada um pode ocupar no elenco, por exemplo, quem está fora de forma, quem está em ritmo de meio de temporada ou quem precisa comer grama e lutar por uma vaga no time como um ser faminto luta pelo seu prato de comida. Assim sendo, listamos aqui alguns vencedores e perdedores, analisando especificamente este jogo.

GANHADORES:
  • DEFESA:
A defesa teve muitos bons momentos no jogo. Ok, Philip Rivers não entrou em campo e o ataque titular pouco jogou, mas Kellen Clemens esteve em campo e em tempos anteriores, a nossa defesa já o fez parecer um hall of famer. Mas felizmente não foi o que aconteceu dessa vez! A defesa saiu de campo sem deixar que o adversário tenha anotado pontos (a pontuação do Chargers veio de uma interceptação retornada para touchdown), não importa se tenha jogado a unidade titular ou na maioria do tempo os reservas. O ataque terrestre adversário correu 29 vezes para 66 jardas, 2,3 jardas por tentativa. O ataque aéreo do Chargers, com os 3 QB que entraram em campo, combinou para 160 jardas, com 17 passes conectados em 32 tentativas, dando um rating médio de 54,2. Mas a cereja do bolo foram os 8 (OITO!) sacks. A linha defensiva do Saints não tirou o pé um minuto sequer, jogando com intensidade o tempo todo. Pré temporada ou não, isso traz confiança para a unidade defensiva que tanto tem sofrido nas últimas temporadas. O que podemos esperar é que a defesa mantenha essa mesma intensidade e foco nos jogos restantes de pré temporada e principalmente na temporada regular.
  • ALVIN KAMARA:
Reggie quem? Darren quem? É exatamente o que esse calouro espera fazer com os torcedores ao final desta temporada. O garoto tem feito um trabalho excelente e está nos convencendo de que existe sim essa possibilidade. Domingo, Kamara conseguiu um touchdown correndo para 50 jardas logo no seu primeiro toque na bola. No total, ele correu para 61 jardas. Ele também teve uma bela recepção para 22 jardas, em uma rota wheel. Kamara parece ser o típico jogador coringa que Sean Payton tanto gosta de ter em seus ataques de múltiplas faces. Acreditem, é bom os coordenadores defensivos dos adversários, especialmente na NFC Sul, prestarem mais atenção no calouro de Tennessee (como neste conceituado blog nenhum desses caras vai ler esse comentário, podemos falar isso com tranquilidade!!!).
  • MANTI TE’O:
O jogo de ontem foi um grande retorno para o ex-jogador do Chargers. Te’o ficou em San Diego (agora Los Angeles) durante suas primeiras quatro temporadas. Desde o início ficou evidente que o jogador estava ansioso para mostrar aos ex-companheiros que foi um erro não terem renovado seu contrato, deixando com que ele ficasse livre no mercado para assinar com qualquer outra equipe durante a inter temporada. Jogando como MLB durante todo o período em que esteve em campo, Te’o conseguiu três tackles for loss, oito tackles combinados (sendo sete solo) e um sack, além de ter recuperado umfumble. Mais importante, Te’o mostrou grande reconhecimento de jogo e aquela explosão que fez dele um grande jogador nocollege. Com apenas 26 anos, ele ainda pode ser considerado um jogador novo e nós podemos esperar que a atuação contra o Chargers seja apenas uma amostra do que ele ainda pode fazer.
  • WIL LUTZ:
Listamos três vencedores no jogo e tem um cara que tem sido brilhante durante os treinamentos e também nesses dois primeiros jogos de pré temporada. Após o jogo, Lutz tem 4 de 4 em field goals, sendo que um dos acertos contra o Chargers foi num chute de 53 jardas. Seu papel agora tem sido ainda mais importante, pois além de chutar os field goals e extra points, ele passa a ser responsável pelos kickoff que antes eram feitos pelo punter Thomas Morstead. Infelizmente Morstead também envelhece e é importante que o time o poupem para chutar os punts, já que é um dos melhores da liga. No jogo contra o Chargers, Lutz chutou três de quatro kickoffs dentro da endzone adversária e um para touchback. O chute curto pareceu ser por estratégia do time de especialistas, para deixar tentar o retornador adversário antes da linha de 20 jardas. Sabendo o quão impaciente Sean Payton pode ser com kickers, Lutz tem cada dia mais deixado a impressão de que o técnico não precisa se preocupar, e nós torcedores somos muito gratos por isso.

PERDEDORES:
  • RYAN NASSIB:
Este que vos escreve encheu Nassib de elogios após sua atuação contra o Cleveland Browns, no primeiro jogo da pré temporada. Gostaria de fazê-lo novamente, mas infelizmente a atuação contra o Chargers foi miserável!!! Nassib converteu apenas 6 de 15 tentativas de passes, incluindo a interceptação retornada para touchdown, de 99 jardas, de Dexter McCoil, que foi a única pontuação do Chargers na partida. Nassib pareceu hesitante em diversos momentos, telegrafando praticamente todos os passes, deixando seus recebedores em situações complicadas. Obviamente ele não teve o benefício da proteção da linha ofensiva considerada titular, mas isso não pode ser usado como desculpa, pois contra o Browns também não teve, e parecia outro jogador. A conclusão é que não há conclusão (sic), pois não sabemos qual Ryan Nassib teremos nos próximos dias. Aquele que fez uma ótima apresentação contra o Browns e poderíamos inclusive considerar como um reserva imediato do Brees ou esse de atuação miserável contra o Chargers que seria uma dúvida até para se manter até no elenco de 53 jogadores? É aguardar e torcer para que tenhamos o jogador da primeira partida, e sempre.
  • COBY FLEENER:
Uma recepção em 4 passes tentados na direção dele, para míseras 6 jardas. Nada mais! A razão pela qual seu nome está nessa lista é que a temporada passada já havia sido de medíocre para boa (muita gente vai discordar do “boa”, mas os números não mentem. A realidade é que se criou muita expectativa em cima dele, e como eu já ensinei e sigo ensinando, “A EXPECTATIVA É A MÃE DA MERDA”) e agora parece que nada mudou. Se Sean Payton o fez entrar no quarto período do jogo, é sinal de que Fleener ainda tem muito trabalho. A explicação de Sean Payton é que Fleener precisa praticar, já que ele perdeu alguns treinamentos devido à lesões. A questão principal é que Fleener veio para ser o substituto de Jimmy Graham (ah!!! O fantasma de Jimmy Graham!!!). Mas espere um minuto! Graham já havia saído, então ele não deveria ser o substituto de Benjamin Watson? Sim!!! E isso certamente deveria ser uma tarefa muito mais fácil. Mas parece não ser. Seja por más atuações ou por diversas lesões que o tem atrapalhado, o fato é que neste jogo ele esteve em campo com a terceira unidade do ataque, na tentativa de reconquistar a confiança do treinador. Rezemos todos para que Fleener encontre seu jogo e seja novamente o jogador que brilhou nos tempos de Stanford e o fez ser escolhido no segundo round do draft de 2012 pelo Indianápolis Colts.
  • LINHA OFENSIVA:
Na realidade nem deveria haver este terceiro perdedor. Diante de uma boa atuação (ok, é pré temporada bando de chatos!!!) pode parecer que somos corneteiros (e na realidade somos!!!) e estamos procurando coisas para criticar (e na realidade estamos!!!). Os leitores deste conceituado blog devem se lembrar da frustração de Drew Brees com os snaps altos. Eles ainda ocorrem! Mas nem é isso que acaba por ser um grande problema. É fato que linha ofensiva trabalhou muito bem abrindo espaços para o jogo corrido, afinal foram 157 jardas em 33 corridas (média de 4,8 jardas por corrida), mas há uma necessidade de melhora na proteção ao passe. Foram 2 sacks em Chase Daniel e 1 em Ryan Nassib, além da constante pressão. Sobre os snaps defeituosos, mais uma vez vamos considerar que o center titular, Max Unger, ainda está fora se recuperando de lesão e os reservas tem atuado. A tendência é que isso melhore bem com a volta de um dos melhores da liga em sua posição.

Texto de Marcelo Afonso.

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