O acordar de um gigante

A frase do titulo pode ser interpretada de diversas formas. Seja pela vitória contra o Minnesota Vikings, que pode ser a mudança de rumo do time, seja pelo unnecessary roughness sofrido por Drew Brees, que deu nova vida ao ataque do New Orleans Saints. Fato é que a partida de domingo trouxe nova expectativa sobre a temporada.

Era uma terceira descida para 13 jardas na linha de 32 do próprio campo. Munnerlyn pula em cima de Brees e atira o quarterback com os ombros no chão. O sack teve assistência do safety Robert Blanton. Drew Brees, irritado, levantou gritando e empurrando Blanton.

"Quando acontece, você fica irritado" disse Brees. "Aí você demonstra um pouco de emoção e quer revidar. E passado isso fica tudo bem e você pensa 'Ok, caras. Vamos coloca-los no lugar deles.'"

Coincidência (ou não), após isso Drew Brees teve um bom aproveitamento de passes, terminando com um touchdown de 18 jardas para Marques Colston, em um drive de 90 jardas.

Isso pode ter diversos efeitos. Talvez demonstre que o Saints encontrou uma consistência ofensiva. Talvez dê a moral necessária para voltar a ser um ataque explosivo, como estamos acostumados a ver. Fato é que foi uma forma interessante de controlar o jogo e garantir a primeira vitória.

Quem também demonstrou melhoras foi a defesa. Longe ainda da exibição esperada, o time teve bons momentos, incluindo os últimos 25 minutos de partida, onde o Saints não cedeu nenhum ponto ao Vikings. Em todo o jogo, foram apenas 247 jardas cedidas e nenhum touchdown. "Quando todos fazem seu trabalho, somos a defesa que deveriamos ser." disse o linebacker Curtis Lofton.

Claro que há muito a melhorar. A própria defesa admite isso. Ainda é necessário forçar mais turnovers e evitar big plays (foram três jogadas de 28 jardas ou mais para o Vikings), mas alguns pontos positivos devem ser destacados. Um deles é o desempenho da defesa na redzone. O Vikings esteve lá por três vezes e, nas três, chutou apenas um field goal.

"Isso é importante" disse o head coach Sean Payton. "Fizemos isso quando jogamos bem ano passado e voltamos a fazer neste jogo."

E isso não aconteceu a toa. Algumas mudanças foram feitas. O cornerback Patrick Robinson foi para o special team e Corey White virou titular, com o safety Rafael Bush sendo o 5º defensive back e o rookie CB Brian Dixon entrando nas formações dime, até sofrer uma pequena lesão e Robinson assumir seu lugar.

"Vamos ser realistas, nós estamos em casa, onde sempre fomos bons" disse Kenny Vaccaro. "Nós vamos continuar trabalhando para ser um time melhor e atuar bem tanto em casa quando fora."

Mas a solução da defesa foi mais simples que tudo isso. A principal mudança foi simplificar tudo. Todos os ajustes defensivos de campo foram cortados. Principalmente porque o time jogava em casa com todo o barulho de uma torcida ansiosa em atrapalhar o rival.

"Sempre que você tiver problemas de comunicação, especialmente jogando em casa, você deve simplificar. Isso ajuda todo mundo a apenas calçar as chuteiras e atuar rapidamente." disse o safety Jairus Byrd.

Isso pode parecer clichê, mas não é. Especialmente quando se trata de defesas de Rob Ryan. Ele sempre foi elogiado por montar defesas complexas, com muitas variáveis. Mas ele também já foi muito criticado por levar isso ao extremo e tornar a defesa complexa demais. Talvez ele esteja achando o meio-termo.

"É uma linha muito fina que separa isso e que pode ficar desfocada se o resultado não for bom" disse Sean Payton. "Então precisamos ser claros, simplificar. Com isso, você diminui a variação e as variáveis na hora da execução. Nós fizemos um bom trabalho hoje. Acho que Rob e o staff fez um bom trabalho. E acho que isso foi importante."

Mas Byrd alerta que o time também não pode ser muito simples. "Não podemos ser sempre a mesma coisa, obvio. Nesta liga, os quarterbacks são ótimos em perceber onde você nunca está. Agora temos uma base para evoluir lentamente e evoluir fora dela também."

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